O cotidiano
“O cotidiano. Não é apenas monotonia, futilidade, repetição, mediocridade; é também beleza; por exemplo, o sortilégio das atmosferas; cada um conhece a partir de própria vida: uma música que ouvimos docemente vinda do apartamento vizinho; o vento que faz sacudir uma janela; a voz monótona de um professor que uma aluna, em pleno devaneio amoroso, ouve se escutar; essas circunstâncias fúteis imprimem uma marca de inimitável singularidade a um acontecimento íntimo que desse modo se torna marcante e inesquecível".
( Milan Kundera - A cortina. São Paulo: Companhia das Letras, p. 26,2006.).
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home