Epistemologias do Caderno B
A cultura é uma das formas de codificação da vida cotidiana.
Um dos instrumentos de verificação das culturas são os discursos escritos nas suas diversas formas. Portanto, escrever sobre culturas é interpretar as linguagens construídas nos intercâmbios culturais de imagens, sons, palavras e gestos.
À soma das manifestações são acrescentados métodos e técnicas de apreensão dos significados do imaginário de cada povo.
O emprego da técnica nos processos culturais pode significar: 1) fazer cultura; 2)explicar os modos de construção das culturas; 3) explicar as acepções da palavra cultura; 4) pensar a forma como são veiculadas as culturas pela mídia.
Neste livro, o escopo é investigar as epistemologias do Caderno B em uma das especificidades do campo jornalístico: o jornalismo cultural.
As relações entre jornalismo e cultura demarcam conflitos metodológicos e conceituais. Aqueles apresentam problemas no nível da pragmática; estes evidenciam a dificuldade em conceituar gêneros e categorias jornalísticos no processo de edição da informação.
No sentido de uma pragmática do jornalismo, procura entender a correspondência do texto jornalístico com as atitudes estéticas produzidos no campo das artes. Esta é a nossa primeira via metodológica neste livro.
A segundo via metodológica se constrói na relação entre os gêneros jornalísticos dos Cadernos B e a difusão das culturas no cotidiano.
O cotidiano, aqui, estudado a partir da perspectiva da Sociologia Compreensiva e da Fenomenologia aplicadas ao jornalismo. Estas foram as nossas bases metodológicas para verificar a nossa hipótese: quais os gêneros narrativos que predominam, cotidianamente, nos Cadernos B dos jornais de João Pessoa.
Este livro é fruto da dedicação de professores, alunos de iniciação científica(PIBIC/CNPq), que desde 2002 formam o Grupecj - Grupo de Pesquisa sobre o Cotidiano e o Jornalismo.
Este é o terceiro, um marco na luta pela consolidação da pesquisa em nível de graduação.
O Grupecj, com esta publicação, se expande institucionalmente, ao contar com a colaboração efetiva da professora doutora Rossana Gaia, que traduz em seu ensaio a homenagem prestada pelo grupo aos pioneiros da pesquisa sobre gêneros narrativos no Jornalismo brasileiro: Luiz Beltrão e José Marques de Melo.
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